ENTRELINHAS – JUNINHO SINONÔ
“Quando tu passares através das águas, eu estarei contigo. E através dos rios, eles não te submergirão. Quando caminhares através do fogo, tu não serás queimado, nem a chama acenderá sobre ti.” (Isais 43:2)
Se analisarmos nosso histórico de conquistas e derrotas, chegaremos a duas conclusões inevitáveis, que talvez você ainda não as tenha percebido, mas que são infalíveis.
A primeira é que podemos não ter feito a coisa certa, mas sabíamos o que deveria ter sido feito para que funcionasse.
As ações assertivas são obvias e por mais que não nos agrade, basta acata-las.
Pode ser que o custo seja alto, como deixar de conviver com pessoas, abandonar relacionamentos, parar de gastar e economizar, evitar lugares, abandonar hábitos cômodos, trocar horas de lazer por de empenho ou outro movimento que nos coloque em desconforto ou até mesmo na dor.
Não gostamos do amargo. Preferimos o doce que estraga que o amargo que cura.
A segunda é que o processo é inevitável. Não existe forma milagrosa. As realizações passam por um único e definido caminho, pelo qual poucos concluem o trajeto completo.
O problema é que se trata de um percurso constante, progressivo e atrelado. Não pode ser realizado por partes e nem adianta parar no meio, pois de nada se aproveita fracionado. Ou termina ou não o faça, pois não haverá outro resultado senão a frustração do fracasso certeiro. O ponto de partida é interno e está no campo das ideias.
Está é a parte fértil e confortável da, onde tudo é fácil e possível.
Por isso muitos permanecem nele ad eternum, contemplando o que “poderia ter sido”.
No ideal, definimos os acontecimentos conforme o desejado, sem ter que gastar o esforço além de sonhar. Quão prazeroso o é, caso a sua alegria seja viver no conto de fadas.
Na segunda etapa começa o mundo real, avesso à anterior. A partir daqui é preciso decidir, sendo este o nosso segundo ponto: decidir o que quer e o quanto quer.
E feita a decisão, passamos para aquela que será a parada mais complexa da jornada, pois a segunda e terceira se complementam: a convicção.
Convicção é a certeza do cumprimento da sua decisão, não importa o quão difícil e doloroso seja conclui-la, na definição inabalável que será feito o que preciso for.
Ai está o contrapeso para os demais aspectos negativos que vão nos tentar paralisar.
Será a decisão e a certeza da escolha que nos manterá firmes diante as dúvidas, inseguranças, sofrimentos emocionais, fragilidade física, escassez financeira, negatividades e oposições.
Sem definir o que realmente queremos e a firmeza de que nada vai nos fazer renunciar, nos equipararemos a um “garçom de jangada”, que carrega algo precioso, mas que balança nas oscilação da maré, até que em determinado momento ou a bandeja cai ou pulamos do barco por perceber que a tarefa é difícil demais para valer a pena. Sem certeza e convicção, faltará instabilidade nos momentos ruins.
Oscilaremos entre a tranquilidade da maré boa e o desespero com a fúria das ondas.
De antemão, já foi lembrado que teremos é inevitável passarmos por aguas, em rios nem sempre rasos ou até de caminhar entre as brasas. Haverão dias chuvosos e frios.
Mas eles só afetam quem esquece de que assim como na natureza nossa vida é feita de estações. Não será um empensilho para quem está coberto pelo guarda-chuva da certeza da escolha e agasalhado pelo calor da convicção.
Não oscile! Termine o caminho.
Sonhe, decida, esteja convicto e conclua a chegada. Lá estará apenas a confirmação dos seus valores, pois o premio principal estava sendo construído em cada etapa de renuncia e superação em prol da sua conquista final.
Você quando não oscila e mantem a firmeza que te faz vencedor, antes mesmo de receber o troféu.