por Celso Martinelli
Em entrevista ao Sete Dias, o presidente da Câmara Municipal de Sete Lagoas, Ivan Luiz (PDT), faz um balanço do primeiro ano de sua gestão em 2025 e destaca como prioridades a valorização dos servidores, a busca por um Legislativo mais organizado e transparente e o compromisso com o diálogo entre vereadores de diferentes alinhamentos políticos. Ele também fala sobre desafios, projeções para 2026 e o impacto das eleições no trabalho legislativo.
SETE DIAS – Presidente, este foi seu primeiro ano à frente da Câmara Municipal. Qual balanço o senhor faz da gestão em 2025? Foi um ano produtivo dentro do que o senhor planejava?
Ivan Luiz – Sem dúvida, 2025 foi um ano muito significativo para a Câmara Municipal. Como presidente, tive o privilégio de conduzir os trabalhos com responsabilidade, diálogo e equilíbrio, sempre valorizando os servidores públicos da Casa, que são o alicerce do nosso funcionamento institucional. Desde o início, buscamos implementar uma gestão humanizada, transparente e comprometida com a eficiência, e posso afirmar que avançamos de forma consistente nesse propósito.
Foi um ano produtivo, sim. Conseguimos aprovar projetos relevantes para o desenvolvimento da cidade, voltados à melhoria da infraestrutura, ao fortalecimento da saúde, da educação e à modernização administrativa.
Mas o ponto central dessa gestão foi, sem dúvida, a valorização dos nossos servidores. Investimos na melhoria das condições de trabalho, promovemos capacitações, organizamos os setores e reforçamos o respeito às pessoas que fazem a Câmara acontecer no dia a dia. Acreditamos que servidores bem valorizados e motivados prestam um serviço público de maior qualidade à população.
Encerramos este primeiro ano com resultados concretos, com equilíbrio no diálogo entre os vereadores, zelo com os recursos públicos e fortalecimento institucional. Seguimos com a convicção de que estamos no caminho certo, sempre colocando o cidadão e o servidor público no centro das nossas ações.
SETE DIAS – Apesar dos avanços, toda gestão enfrenta desafios. O que o senhor considera que ficou aquém do esperado ou que ainda precisa ser aprimorado no Legislativo?
Ivan Luiz – Toda gestão pública é um processo constante de construção e aperfeiçoamento. Eu não diria que algo ficou aquém, mas sim que estamos em evolução permanente. Tivemos avanços consideráveis, sobretudo na valorização dos servidores, na organização administrativa da Casa e na aprovação de projetos de grande relevância para o município. Esses resultados mostram que estamos no rumo certo.
Naturalmente, sempre há espaço para aprimorar processos e fortalecer ainda mais a transparência, a modernização e o diálogo com a população, que são pilares que orientam nosso trabalho. Mas não vejo isso como algo que deixou a desejar — pelo contrário, são etapas naturais de crescimento institucional.
O importante é que hoje temos uma Câmara mais estruturada, com servidores motivados, vereadores comprometidos e uma gestão que conduz os trabalhos com equilíbrio e responsabilidade. Seguimos avançando com serenidade, sempre buscando fazer mais e melhor para a cidade.
SETE DIAS – A Câmara reúne 19 vereadores com perfis, pautas e alinhamentos políticos distintos, entre base do prefeito e oposição. Como tem sido conduzir esses diferentes interesses e manter o equilíbrio institucional?
Ivan Luiz – A gestão está sendo conduzida da maneira que eu me comprometi desde o primeiro dia: com equilíbrio, serenidade, diálogo e absoluto respeito às ideias de cada vereador. Temos uma Câmara composta por 19 parlamentares, com perfis, pautas e posicionamentos políticos distintos, e é justamente essa diversidade que fortalece a democracia e enriquece os debates.
Trabalhamos de forma pacífica, participativa e transparente, garantindo que todos tenham voz e espaço para defender suas propostas. Meu papel, enquanto presidente, é assegurar que o Legislativo funcione com harmonia e independência, preservando as prerrogativas de cada mandato, sem privilegiar base ou oposição.
O equilíbrio institucional tem sido construído com escuta ativa, valorização do diálogo e respeito mútuo, sempre lembrando que, apesar das diferenças, todos os vereadores têm o mesmo propósito: trabalhar pelo bem da população de Sete Lagoas. E é com esse espírito colaborativo que temos conduzido os trabalhos e consolidado uma gestão democrática, humanizada e responsável.
SETE DIAS – O que o senhor projeta para 2026 na Câmara? Há prioridades definidas para o segundo ano de gestão, especialmente em relação à modernização, economia interna ou aproximação com a população?
Ivan Luiz – Sobre 2026, eu costumo dizer que não faço planos individuais e nem penso em segundo mandato. Assim como aconteceu com o primeiro ano de gestão, esse tipo de decisão não é fruto da vontade pessoal do presidente, mas sim de uma construção coletiva, baseada na confiança e no diálogo com os vereadores e com os servidores da Casa. No momento, não penso nisso.
Minha preocupação e meu compromisso estão voltados para continuar o trabalho que está sendo feito, aprimorando ainda mais as ações e elevando a Câmara a um novo patamar de modernização, transparência, participação social e valorização dos servidores.
Nosso foco é consolidar uma gestão que respeita as pessoas, valoriza o diálogo e entrega resultados concretos para o cidadão. O futuro será consequência desse trabalho sério, coletivo e responsável que estamos conduzindo.
SETE DIAS – O próximo ano também será marcado pelas eleições estaduais e federais, e alguns vereadores devem disputar vagas na Assembleia ou na Câmara dos Deputados. Como o senhor avalia esse cenário e qual o impacto que isso pode ter na dinâmica legislativa?
Ivan Luiz – Acredito que é absolutamente legítimo que um vereador pleiteie uma candidatura nas eleições estaduais ou federais. Temos, em nossa Câmara, parlamentares altamente qualificados, que vêm desenvolvendo excelentes trabalhos e que naturalmente acabam sendo reconhecidos pela população e por seus partidos como nomes capazes de representar Sete Lagoas em outras esferas.
Quanto ao impacto no funcionamento do Legislativo, tenho confiança de que não haverá prejuízo aos nossos trabalhos. A convivência entre os vereadores é harmoniosa, construída com base no diálogo, no respeito e na responsabilidade institucional. Todos entendem que, independentemente de projetos pessoais, o compromisso maior é com a cidade e com o bom andamento da Câmara.
Por isso, acredito que o respeito mútuo e a maturidade política prevalecerão, permitindo que o trabalho continue com a mesma serenidade, equilíbrio e produtividade que temos vivenciado até aqui.
